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Starbucks e sustentabilidade: copos compostáveis e Economia Circular como estratégia global

Starbucks e Sustentabilidade: copos compostáveis e Ciclobom

A sustentabilidade tem deixado de ser um diferencial competitivo e passou a ser um imperativo para empresas globais que desejam manter relevância no século XXI. A Starbucks, uma das maiores cadeias de cafeterias do mundo, tem demonstrado uma abordagem proativa ao implementar soluções ambientalmente conscientes tanto na Europa quanto no Brasil. Este artigo analisa, com profundidade, os projetos inovadores como os copos compostáveis de uso doméstico na Europa e o Projeto Ciclobom no Brasil, conectando essas práticas às tendências globais de design ecológico, branding sustentável e gestão de impacto ambiental.

Copos Compostáveis: A Inovação da Starbucks na Europa

O Contexto da Iniciativa

A crescente preocupação com os resíduos plásticos impulsionou a busca por alternativas mais sustentáveis para produtos descartáveis. Atenta a esse movimento, a Starbucks lançou em maio de 2025 um novo modelo de copo compostável em casa para bebidas quentes. Desenvolvido em parceria com a Transcend Packaging, Qwarzo® e Metsä Board, o copo elimina a necessidade de revestimentos plásticos tradicionais.

Tecnologia e Sustentabilidade

O diferencial do novo copo está em seu revestimento mineral à base de sílica. Esse material não só é seguro para contato com alimentos, como também resiste a calor e umidade, tornando-o ideal para bebidas quentes. Além disso, a tampa também é produzida com fibra e o mesmo revestimento, completando a solução ambientalmente correta.

Expansão e Impacto

Inicialmente lançados em dez países europeus, incluindo Itália, Alemanha, França, Suécia e Espanha, os copos devem chegar ao Reino Unido e Írlanda ainda em 2025. A Starbucks estima que, com a ampliação da iniciativa, seja possível reduzir significativamente a quantidade de lixo plástico gerado por suas operações.

Copos Compostáveis: A Inovação da Starbucks na Europa
Copos compostáveis - Foto: Divulgação / Reprodução

O Projeto Ciclobom no Brasil: Economia Circular em Prática

A Origem do Projeto

No Brasil, a Starbucks adotou uma abordagem complementar com o Projeto Ciclobom, iniciado em 2021. Trata-se de uma ação de coleta e reciclagem de copos descartáveis de papel usados nas lojas da rede.

Implementação e Resultados

Com caixas de coleta estrategicamente posicionadas em lojas de São Paulo, os copos usados são encaminhados para reciclagem e transformados em novos produtos, como luvas de proteção para copos. Em apenas onze meses, mais de 80 mil copos foram reaproveitados. A iniciativa já está em nove lojas e visa expandir para sessenta em todo o país.

A Filosofia da Economia Circular

Inspirado no conceito de cradle to cradle, o Ciclobom exemplifica uma estratégia de branding alinhada à responsabilidade ambiental. O projeto não apenas reduz desperdício, mas também engaja o consumidor em uma experiência de marca positiva e ecológica.

Sustentabilidade como Parte da Identidade da Marca
Copos compostáveis - Foto: Divulgação / Reprodução

Sustentabilidade como Parte da Identidade da Marca

Design e Branding Sustentável

A adoção de copos ecológicos e projetos de reciclagem reforça os valores da marca Starbucks perante seus stakeholders. Alina Wheeler, em Design de Identidade de Marca, destaca que a coerência entre discurso e prática é essencial para consolidar marcas fortes no século XXI.

Responsabilidade Social e Ambiental

A Starbucks também firmou uma parceria com o Banco BV para emissão de uma Nota Comercial Privada Verde no valor de R$ 20 milhões. Os recursos serão aplicados em projetos de conservação e apoio a mais de 200 produtores rurais. Isso expande o papel da empresa de vendedora de cafés premium para agente transformador socioambiental.

A Lógica Global: As Metas Ambientais para 2030

Redução da Pegada Ambiental

As metas globais da Starbucks incluem a redução de 50% de sua pegada de carbono, consumo de água e geração de resíduos até 2030. Essa agenda integra a empresa aos compromissos do Pacto Global da ONU.

Agricultura Regenerativa e Reflorestamento

Com foco na origem dos ingredientes, a empresa está investindo em técnicas de agricultura regenerativa e reflorestamento. Tais iniciativas se alinham ao conceito de “impacto positivo”, defendido por autores como William McDonough.

Intersecções com o Design Gráfico

Embalagens como Suporte de Comunicação

Philip Meggs e Rafael Cardoso enfatizam o papel do design como mediador cultural. Os novos copos da Starbucks não só servem para conter líquidos, mas também comunicam uma postura de vanguarda ambiental.

Tipografia, Cores e Formas Ecológicas

Utilizar materiais naturais influencia a paleta cromática e as texturas percebidas pelo consumidor. Assim, o design gráfico passa a ser uma extensão dos valores sustentáveis da empresa.

Design Thinking e Sustentabilidade

Empatia e Co-criação

O uso de design thinking, conforme Don Norman propõe, permite desenvolver soluções centradas nas necessidades reais dos clientes e do planeta. Os copos compostáveis e o Ciclobom são frutos dessa abordagem.

Prototipagem Rápida e Feedbacks

Ambas as iniciativas foram precedidas por pilotos locais antes da expansão nacional ou continental. Esse método iterativo, baseado em testes e melhorias, reduz riscos e aumenta a eficiência.

Marketing Verde e Posicionamento

A Proposta de Valor Sustentável

Segundo Seth Godin, marcas notáveis contam histórias autêuticas. Ao promover copos compostáveis e reciclagem, a Starbucks reforça sua narrativa de inovação, qualidade e responsabilidade.

Gatilhos de Consumo Consciente

A nova geração de consumidores valoriza empresas que praticam aquilo que pregam. O reposicionamento verde da Starbucks capta essa sensibilidade cultural, ampliando fidelidade e reputação.

A Starbucks está redefinindo o papel das grandes corporações na transição para uma economia verde. Seja por meio da tecnologia de copos compostáveis na Europa, seja por meio do Projeto Ciclobom no Brasil, a marca alia design, branding e sustentabilidade em uma estratégia coesa e inspiradora. Trata-se de um modelo que deve servir de referência para outras organizações em busca de um futuro regenerativo.


Dúvidas Frequentes

Os copos compostáveis da Starbucks são recicláveis também?

Sim. Além de compostáveis em casa, eles também podem ser reciclados com papel comum.

O Projeto Ciclobom está em todo o Brasil?

Ainda não. Em 2025, está em nove lojas de São Paulo, com previsão de ampliar para 60.

Essas iniciativas elevam o custo para o consumidor?

Não necessariamente. A Starbucks absorve parte dos custos em nome da sua estratégia de valor sustentável.

Por que isso importa para o branding?

Porque consumidores valorizam marcas com propósito claro e compromisso ambiental real.

Quer saber mais?

Acesse:  Starbucks


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